sexta-feira, 28 de maio de 2010

PIXO.



A pichação é uma ação de transgressão para marcar presença, chamar atenção para si por meio da subversão do suporte. Muitas vezes o nome pichado é repetido como uma espécie de carimbo pela cidade. A pichação não configura gesto estético obrigatório - em relação à forma e conteúdo - embora possa ocorrer.

O pichador tem a estética como valor secundário, há um privilégio pela palavra (tipografia), no caso de desenhos ou ilustrações, eles costumam ser muito simples, próximos de símbolos. Na colorização da mensagem utiliza-se pouca cor, na maioria dos casos só uma cor. Os suportes para a pichação nunca são autorizados ou cedidos, são sempre tomados de assalto, ao contrário do grafite, não existe preferência por superfícies maltratadas e sim por superfícies novas ou onde já existam pichações no lugar. Portanto, os suportes são os mais variados possíveis, dos topos dos prédios a monumentos, museus, inclusive espaços da cidade onde o suporte contenha valor histórico ou cultural.

Evitando nesse momento qualquer tipo de apologia à pichação, é importante que se perceba o fenômeno de forma imparcial para notar que a pichação, apesar de ser uma atividade ilegal, é um movimento independente que os indivíduos atuam de forma a construir e decidir conscientemente as suas ações. O pichador propõe um novo significado para o local, ele transforma a cidade com suas escrituras.


Projeto Quixote


O Projeto Quixote é uma OSCIP, sem fins lucrativos e é ligada à UNIFESP. Existente desde 1996, busca construir com crianças e jovens em situação de risco social, alternativas eficientes através da arte para os desafios cotidianos de suas vidas, como a violência, o abandono, a falta de referências e o abuso de drogas. Atua na região da Vila Mariana e Central - como a cracolândia - em São Paulo.

Em 1996, aliando a preocupação relacionada ao uso de drogas por crianças de rua a uma indignação enquanto cidadãos, um grupo de clínicos da UNIFESP se propõe a criar um projeto de atendimento, formação e pesquisa destinado a esta população.

O foco foi gradualmente ampliado, incluindo, crianças, jovens e famílias em situação de risco. Em 2000 tem início a Agência Quixote Spray Arte, um programa de Educação para o Trabalho através do graffiti. Nesta época, inicia-se também um programa de geração de renda para as famílias, a Oficina de Mães. Em 2005, o Quixote volta às origens, com atividades junto aos meninos (as) em situação de rua da "cracolândia", região central de São Paulo, e em 2007 inaugura o abrigo para essas crianças, localizado na Bela Vista. A Usina de Imagem, projeto que visa oferecer oficinas multimídias aos jovens atendidos tem seu início em 2006. Em 2005 inicia-se um processo de profissionalização da instituição. É estruturada uma área de captação de recursos, comunicação, comercial, administrativa e ensino e pesquisa.

ORIGEM DO NOME

No imaginário universal, Dom Quixote ficou conhecido como um ser ingênuo, sonhador...
Enfrentando moinhos de vento como se fossem dragões.
Face à monstruosa injustiça social que abandona e entristece muitas crianças e adolescentes no Brasil, o Projeto Quixote também nasce de um sonho: a afirmação da vida, da subjetividade, das potencialidades desses meninos e meninas.

O Projeto Quixote tem como missão transformar a história de crianças, jovens e família em complexas situações de risco, por meio de atendimento clínico, pedagógico e social integrados, gerando e disseminando conhecimento.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Urso Pirata

Detalhe de grafite na Rua Bento de Abreu, no bairro do Boqueirão em Santos - SP.
Foto: Lucas Nadal

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Beco Vila Madalena

As paredes grafitadas do Beco Vila Madalena.
Foto: Hevellyn Tricia


Detalhe de muro do Beco Vila Mariana.
Foto: Adriana Bossle dos Reis


Grafite em frente as escadas no Beco Vila Madalena.
Foto: Adriana Bossle dos Reis